Você ronca????

Saiba o que a Fonoaudiologia pode fazer por você!

O Ronco é o ruído ocasionado através da passagem de ar pela região da laringe gerando uma vibração da língua, úvula ( campainha ao fundo da garganta) e palato mole que encontram-se flácidos devido a diminuição do tônus muscular.

Apnéia do Sono ocorre com a obstrução da passagem de ar na região da garganta, motivado pelo excesso de flacidez no local, causando uma parada respiratória com duração superior a 10 segundos. Durante uma noite de sono, há uma interrupção da respiração várias vezes ao longo do sono. Estando a língua, palato mole e úvula flácidos, estas estruturas bloqueiam a passagem de ar impedindo o indivíduo de respirar normalmente. Por este motivo o sono fica intercortado, ou seja, o indivíduo não consegue dormir profundamente e acorda várias vezes ao longo da noite para voltar a respirar, configurando os “microdespertares”

Principais causas associadas ao Ronco

- flacidez muscular de língua, palato mole e úvula;

- hábitos alimentares inadequados;

- excesso de peso;

- cansaço;

- ingestão de álcool;

- crescimentos anormal de amígdalas e adenóides;

Tipos de Tratamentos para o Ronco Leve à Moderado

- Fonoterapia

- Uso de aparelho intra-oral

Fonoterapia para o Ronco

O tratamento da Fonoaudiologia para o Ronco é simples e com resultados rápidos para a melhora do ronco leve à moderado.

Após efetuar uma avaliação da função muscular de toda a face ( lábios, língua, bochechas, palato mole, úvula, pescoço), assim como funcionamento desta musculatura na mastigação, deglutição, sucção respiração e fala, o fonoaudiólogo deverá preparar uma série de exercícios que possam promover o fortalecimento e posicionamento adequado da musculatura que encontra-se flácida e enfraquecida.

É importante dizer que o tratamento da Fonoaudiologia não traz resultados esperados se o paciente não for cooperador com algumas mudanças de hábitos necessárias ao caso, como perda de peso, alimentação equilibrada e com horários definidos, diminuição na ingestão de álcool e manutenção dos exercícios musculares. A participação do paciente neste processo é fundamental para a melhora do Ronco ou até sua extinção.

Consulte um Fonoaudiólogo e tire suas dúvidas!

Paula Brito

Fonoaudióloga

O que é um Respirador Oral?

É o indivíduo que normalmente respira mais ou somente pela boca, não utilizando o nariz neste processo respiratório.

Quais as causas da Respiração Oral?

- alterações anatômicas das narinas e nariz como desvio de septo, adenóides, narinas pequenas;

- problemas alérgicos freqüentes como rinite, sinusite, bronquite;

- hábito de ficar com a boca aberta e respirar por ela;

- fraqueza da musculatura que mantém a boca fechada;

- uso prolongado de chupeta e mamadeira;

- alimentação pastosa;

Porque é importante respirar pelo nariz?

A entrada de ar pelo nariz oferece grandes vantagens ao indivíduo, como:

- melhor desenvolvimento ósseo e muscular da face;

- melhor oxigenação cerebral e com isto melhora do nível de atenção, aprendizado e comunicação;

- melhor purificação do ar antes que ele caia na corrente sanguínea;

Quais problemas a Respiração Oral pode trazer ao indivíduo?

- sono agitado, normalmente com ronco e baba no travesseiro;

- durante o dia sente muito sono e apresenta déficit de atenção, dificuldade de aprendizado e concentração;

- rendimento físico baixo, sente muito cansaço;

- normalmente ou é muito gordinho ou muito magrinho;

- mastiga pouco os alimentos e com a boca aberta;

- alterações oclusais ( mordida aberta, mordida cruzada);

- ingere muito líquido enquanto come para facilitar a mastigação, pois, tem pouca força na musculatura mastigatória;

- mau hálito e tendência a cárie com mais facilidade;

- narinas pouco desenvolvidas;

- musculatura da face hipotonica ( flacida);

- olheiras marcantes;

- apresenta postura corporal incorreta, estando a cabeça mais à frente do corpo, favorecendo problemas na coluna;

- apresenta a face mais alongada e com as bochechas pequenas e/ou rebaixadas ( carinha de "Buldoguinho").

- os lábios ressecados e com o lábio inferior viradinho para fora e o superior curtinho;

Como identificar um Respirador Oral

Primeiramente observar seu modo de respirar e em seguida procurar um médico Otorrinolaringologista para avaliar algum problema anatômico de impeça o ar de entrar pelo nariz. Descartada esta possibilidade, procurar um Fonoaudiólogo para avaliar a postura e força de toda a musculatura da face.

Como é feito o tratamento?

Após identificar as causas da respiração oral, o fonoaudiólogo iniciará o tratamento ajudando ou ensinando o paciente a respirar pelo nariz, isto é feito através de exercícios respiratórios. Além disso, a abordagem fonoaudiológica se dará através de:

- conscientização do paciente quanto aos malefícios da Respiração Oral;

- estimulação muscular de face através de técnicas manuais estimulatórias ( massagens), - trabalho proprioceptivo ( sensibilização da face);

- termoterapia, ou seja, uso uso de temperatura quente ou fria na face a fim de promover estímulo de contração ou relaxamento muscular;

- exercícios que promovam o fortalecimento da musculatura facial ( lábios, bochechas, região do pescoço) e intra oral, palato mole e língua;

- trabalho de adequação funcional, ou seja, melhorar a mastigação, deglutição, sucção e a fala.

Paula Brito
Fonoaudióloga

O desenvolvimento da fala do bebê

O desenvolvimento da fala do bebê inicia-se desde a gestação, onde ainda na barriga da mãe, o bebê pode realizar movimentos de sucção preparando a musculatura oral para a alimentação e também para a fala. E também nesta fase o bebê é capaz de interagir com a mãe respondendo através da sua movimentação aos sons que lhe chegam ao útero. Este é o começo do seu desenvolvimento da fala!


O recém-nascido só chora ou ele “fala” através do choro também?

Nas primeiras duas semanas após nascido o choro do bebê não apresenta nenhuma intenção específica ainda, é considerado manifestação comunicativa inata. Após a segunda semana, este choro já começa a ganhar características de diferenciação como “choro de fome”, “choro de sono”, “choro de dor”, etc.


Quais as etapas do desenvolvimento da linguagem na criança?

 0 aos 6 meses: além do choro, as crianças brincam com os sons balbuciando, estalando a língua no céu da boca, produzindo ruídos na garganta, com os lábios;

 6 meses a 1 ano: fase da lalação,a criança brinca com monossílabos como “ma-ma”, “pa-pa”, “da-da”, “ne-ne”. Nesta brincadeira sonora a criança tenta chamar atenção dos adultos. Ela já interage mandando beijos, dando tchau.

 1 ano a 2 anos: a criança começa falando frases de duas palavras “ nenê naná”, “mama dá” e finaliza esta etapa montando frases de até 3 palavras “nenê qué naná”. Ocorre muita repetição de palavras faladas pelos adultos. Inicia as frases simples “ quero comer”

 2 anos a 3 anos: começam a responder perguntas e conversar usando frases mais completas inclusive com plural “ quero come balinhas”. Começa aqui a fase do “por quê?”

 3 a 4 anos: já constroem frases maiores falando sobre situações do dia-a-dia. Querem participar o tempo todo da conversa com os adultos. Até 3 anos e 6 meses é aceitável ocorrerem trocas do R pelo L como “plato” ou invés de “prato”, “blincar” ao invés de “brincar”.


O que fazer para estimular o bom desenvolvimento da fala da criança?

É importante que os pais desde que o bebê nasceu estabeleçam com ele uma comunicação gostosa, com uma fala suave e calma. Abaixo seguem algumas dicas fundamentais:

- falar sempre de frente ao bebê;

- amamentar seu bebê, pois a sucção que ele realiza no peito ajuda a fortalecer lábios, língua e bochechas e melhora a qualidade respiratória preparando estas estruturas para um bom funcionamento durante a fala;

- evitar falar palavras de forma errada ou rebuscadas, fale sempre corretamente;

- contar histórias para a criança e converse com ela sobre os personagens, isto será um grande estímulo para que ela tente falar corretamente;

- ao observar que a criança está falando errado, não chame sua atenção de forma grosseira, repita a palavra errada para a criança corretamente dentro do contexto de fala;

- evitar e se necessário tratar adequadamente patologias auditivas, pois, prejudicam a discriminação dos sons da fala;

- evitar o uso de chupetas, mamadeiras e a instalação de hábitos orais como chupar dedo, pois, podem provocar alterações posturais ( língua), anatômicas e oclusais na cavidade oral prejudicando a produção articulatória correta das palavras;


E quando a criança já passou dos 2 anos de idade e ainda não fala nada. O que fazer?
Quando a criança sofre de um atraso de linguagem é importante que os pais pensem sobre a forma como a estimulação da fala da criança ocorreu nos últimos meses. O estado psicológico pode afetar no desenvolvimento da fala, por exemplo, quando a criança sofre algum trauma, agressão, muitas vezes a aquisição e desenvolvimento da fala pode sofrer um atraso considerável.

É fundamental procurar um profissional da Fonoaudiologia para a avaliar o desenvolvimento da fala e dar início as orientações a ao tratamento. Neta fase é importante correr contra o tempo, pois ele pode ser um inimigo ou um aliado na busca pela boa aquisição e desenvolvimento da fala de uma criança.

Se houver alguma dúvida, procure orientação com o Fonoaudiólogo. Ele poderá ajudá-lo (a).


Bibliografia:

BOONE, Daniel R. Comunicação humana e seus distúrbios. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.

ZORZI, Jaime Luiz. Aquisição da linguagem infantil: desenvolvimento, alterações e terapia. SP: Pancast, 1993.

- http://www.jornalpequeno.com.br/2006/10/30/Pagina44850.htm

- http://guiadobebe.uol.com.br/bb2a3/aprendendo_a_falar_desde_cedo.htm